Ir para o conteúdo principal

Meia brasileiro viveu drama na Arábia e também foi ajudado por Grohe: “Grande iniciativa, eu agradeci a ele”

O avanço da pandemia do coronavírus preocupou os brasileiros que moram na Arábia Saudita. Embora os casos por lá estejam menores que no Brasil – 28,6 mil casos confirmados de covid-19 e 191 mortes até esta segunda-feira -, as medidas restritivas do governo local foram tomadas e a possibilidade de retorno a estes profissionais não foi fácil.

O ex-goleiro gremista Marcelo Grohe, que atualmente defende o Al-Ittihad, liderou a iniciativa junto ao governo brasileiro para que um voo fosse fretado. A longa viagem terminou na última quarta-feira em São Paulo e o ex-meia do Caxias, Diego Miranda, hoje no Al-Jabalain, foi um dos contemplados.

“Fazia mais de um mês que negociávamos com a embaixada para repatriar os brasileiros que estavam lá. Foi muito demorado. Nunca tínhamos resposta e não passavam uma data. Ficávamos sem saber nada. Fiquei com muito medo, porque estava demorando. Eu e minha esposa ficamos assustados e com medo de não conseguirmos voltar. Se é para ficar trancado lá, preferíamos ficar no Brasil com a família e as demais pessoas que a gente gosta. Mas, graças a Deus, foi possível conseguir o voo com sucesso”, disse Miranda à Rádio Gaúcha, antes de completar:

“A viagem foi muito cansativa. De Hail a Riad, percorremos entre 800 e 900 quilômetros de ônibus. Demorou umas oito ou nove horas. Mas, se demorasse uma semana, não teria problema. Decolamos em Riad e ainda o avião parou em vários lugares, até na Etiópia (para reabastecimento) e depois em São Paulo. Estava todo mundo cansado, mas feliz. Agradeci ao Marcelo (Grohe) e ao Fábio (Carille). Eles fizeram um ótimo trabalho, tiveram essa iniciativa e foram a nossa voz. Foi cansativo, mas valeu a pena”.

Grohe, aliás, já havia emocionado o povo gaúcho com uma linda história de solidariedade. Ele e a família, por terem passaporte europeu, já poderiam ter voltado através de uma conexão na França sugerida há 20 dias. No entanto, ele se solidarizou a uma secretária particular, que não tem a cidadania local e que não poderia embarcar junto.

Multicampeão pelo Grêmio nos últimos anos, o goleiro deixou o clube no final da temporada de 2018.

Voltar para o topo