Nove dias depois do polêmico Gre-Nal da Arena pela Libertadores, empatado em 0x0 e marcado pela pancadaria que gerou oito expulsões, Inter e Grêmio se enfrentam no sábado novamente, dessa vez pelo Gauchão. Mas, na avaliação do técnico Renato Portaluppi, esse jogo não irá acontecer.
Em coletiva de imprensa neste domingo, logo depois da vitória por 3×2 sobre o São Luiz, na Arena, o treinador pediu a paralisação imediata dos jogos pelo Brasil por conta do coronavírus e especulou até o início de uma greve se nada mudar.
“Essa homenagem que o Grêmio fez hoje foi para as quase 6 mil pessoas que morreram de coronavírus no mundo. O Grêmio protestou porque jogador de futebol e comissão técnica são gente. A torcida fica protegida e dane-se quem trabalha no futebol? Nós esperamos que as pessoas responsáveis tenham bom senso para parar o campeonato. Tem que parar no Brasil inteiro. Se não quiserem parar, que assumam. Será que vai ter alguém com essa coragem ou a gente vai ter que entrar em greve?”, disse, antes de concluir:
“Vida não tem preço. Eu gosto da minha vida. Não acredito que alguém vai peitar o futebol brasileiro. Será que a gente vai chegar no ponto que os líderes dos times vão se reunir? Acho que não precisa disso. Nós somos humanos também. Temos famílias (…) acho que vai parar o Campeonato Gaúcho. Como vai ter clássico? Ah, não vai ter torcida, mas dane-se os jogadores? Dane-se a comissão técnica? A gente não tá pedindo nada demais. Se tudo para porque o futebol não vai parar?”.
Como forma de protesto, os jogadores e a comissão técnica do Grêmio usaram máscaras na entrada ao gramado. Renato também foi assim para a sua coletiva.
