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Xodó da torcida e de Renato, Diego Clementino guarda Grêmio com carinho: “Honrado em ter jogado no clube”

Os jogos do Grêmio no segundo turno do Brasileirão de 2010 tinham um roteiro bem parecido. Estivesse o time bem ou mal na partida, o técnico Renato Portaluppi fatalmente botava Diego Clementino no segundo tempo, a ponto de o atacante ter virado xodó do treinador e da torcida.

Clementino, que conversou com a reportagem do Gremistas, chegou a ter média de um gol a cada 34 minutos com a camisa tricolor. E guarda com carinho as lembranças daquele ano.

“Fui um pedido especial do Renato. Aconteceu depois de uma partida que eu fiz jogando pelo América-MG. Estava na Série B. Entrei em uma partida, jogando bem, dei uma assistência e ganhamos o jogo. Era contra o Figueirense, então líder do campeonato. O empresário do Renato tinha o meu contato, e falou que o Renato gostaria que eu fosse para o Grêmio. No começo, fiquei um pouco assustado. Mas, depois, muito feliz. Achei uma honra. Honrado de poder, na época, vestir a camisa do clube”, comentou.

Para ele, o jogo mais marcante foi contra o Athletico-PR, em vitória por 3×1, no antigo Olímpico:

“Eu lembro com muito carinho dos torcedores, porque eu entrava nos jogos e logo na estreia, e depois na segunda partida, já aconteceu de eu marcar gols. E aí criou aquele elo com a torcida. Começaram a colocar apelidos em mim, como xodó, talismã, amuleto. Isso era gratificante. E lembro de um desempenho meu contra o Atlético-PR. Era um jogo bem difícil e nós precisávamos ganhar. Entrei, estava 2×1 e ainda consegui fazer um gol. Junto com os meus companheiros, claro, mas foi uma jogada individual. Essa partida foi especial. Fiquei feliz de ter feito o terceiro gol e termos vencido de 3×1. Uma vitória que jamais vou esquecer”, contou.

Torcida mais fanática que já viu

Sem clube desde que saiu do Pacajus, do Ceará, no início do ano, Diego Clementino tem 36 anos e vários clubes na carreira, tais como Botafogo e Cruzeiro. Mas igual aos torcedores do Grêmio ele garante jamais ter visto:

“Jogar no Olímpico era maravilhoso. É até uma tristeza de não existir mais jogos no Olímpico. Ainda mais com a avalanche dos torcedores do Grêmio. Mas falo também do carinho e da atenção que eles tinham por mim. Passei por muitos clubes grandes como Cruzeiro, Botafogo, o próprio Guarani, mas nunca vi torcida mais fanática, carinhosa, amorosa. Sim, a torcida do Grêmio é uma torcida diferente. Surpreendente a cada partida. Não para nunca de vibrar. Do começo ao fim. Principalmente onde ficava a avalanche. Então era algo incrível, bem bonito de se ver”.

Com Clementino de 12° jogador, o Grêmio saiu das últimas posições na tabela e arrancou até se classificar à Libertadores naquela temporada. Ele deixou o clube em 2011.

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