A Medida Provisória assinada pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, na última quinta-feira, modificou pontos importantes na Lei Pelé, principalmente sobre questões ligadas aos direitos de transmissão dos jogos.
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Na interpretação do Grêmio, através do diretor jurídico Nestor Hein, a MP foi feita para beneficiar o Flamengo, que trava uma luta com a Rede Globo por conta do tema.
“Essa Medida Provisória vai atender as necessidades do Flamengo. Não estou falando nenhuma novidade, mas o Flamengo sempre cuidou do próprio umbigo”, disse.
“Esse tipo de manobra não deu certo em lugar algum. Eu não temo a concorrência, mas o futebol precisa ser harmônico, temos que pensar nos clubes menores que os nossos. Aqui no Campeonato Gaúcho preciso pensar nos outros. Quando vou para reuniões não vou pensando no meu umbigo apenas”, concluiu o dirigente em entrevista para a Rádio Bandeirantes.
As críticas sobre a decisão do Governo Federal estão sendo feitas por diversos clubes brasileiros. Porém, apesar da decisão estar em vigor neste momento, a manutenção da mesma dependerá do aval da Câmara dos Deputados, algo que não deve acontecer na opinião do advogado gremista.
“Essa MP não se reveste dos requisitos para se manter. Se tem um assunto que não tem urgência em meio a uma pandemia. São as questões de televisionamento de jogos”, opinou.
O Grêmio realizou uma reunião na tarde da última quinta-feira entre os membros do Conselho de Administração do clube. O tema foi amplamente debatido e o presidente Romildo Bolzan avalia as possibilidades nos bastidores. Todos apontam que o Flamengo foi o grande influenciador para que a medida fosse assinada. Até por isso, Nestor Hein não poupou críticas aos Rubro-Negros.
“O pensamento do Flamengo é mesquinho, individual e não traz união aos clubes. Para eu ir bem, temos que estar todos equilibrados. Não é o que o Flamengo faz”, concluiu.
