Diretor de futebol do Grêmio no ano de 2016, Alberto Guerra teve participação importante na contratação do zagueiro Walter Kannemann junto ao Atlas, do México, no meio daquele ano. Contratação essa que foi tema da entrevista do agora ex-dirigente do clube ao podcast Bolados FC nesta semana.
Guerra revelou que, inicialmente, o então técnico Roger Machado queria o zagueiro Felipe Santana para a posição, mas a direção conseguiu convencê-lo de que se tratava de um jogador caro:
“O Roger queria muito o Felipe Santana. Se vocês forem lembrar, depois ele sai do Grêmio, vai pro Atlético-MG e leva o Felipe pra lá. Eu fui contrário. Falei pro Roger que ele vinha de lesões, jogando poucos jogos e tinha salário muito alto. Porque ele era ídolo no Dortmund antes. E fomos procurar outro zagueiro. Gosto de contar porque também era uma questão de perfil. Puxo essa brasa pro meu assado, porque as lideranças da época eram parecidas, o Maicon, o Geromel, o Grohe. A ideia era ter alguém mais sanguíneo”, declarou Guerra.
Quando o nome de Kannemann surgiu, a direção foi analisar lances e um deles chamou especialmente a atenção:
“O James Freitas, auxiliar do Roger, citou o Kannemann, que tinha jogado no San Lorenzo. Fomos buscar material e analisar lances. Tem uma jogada célebre no San Lorenzo que ele entra de cabeça no pé do atacante. E daqui a pouco ele levanta normal e o atacante fica com dor no pé reclamando ‘ai, ai’. Olhei e disse: ‘É esse aí’. Era aquele ali o jogador que precisávamos. Não quebrou a cabeça, quebrou o pé do cara (risos). Mas todos os jogadores passam por uma série de análises, ninguém contrata sozinho”, acrescentou o ex-dirigente.
