Ir para o conteúdo principal

“Ficar trocando de técnico não resolve nada”, diz ex-zagueiro que caiu com o Grêmio em 2004

Tiago Prado tem bem vivo na memória o quanto o Grêmio trocou de treinadores em 2004, ano em que ele próprio, como zagueiro pela esquerda, atuou como titular durante grande parte do Brasileirão. A péssima campanha culminou no segundo rebaixamento da história do clube.

Em entrevista dada nesta semana ao autor, o antigo zagueiro, já aposentado dos gramados, avaliou que ficar trocando de treinador “não resolve nada” e que as soluções para um time de futebol sempre estarão “dentro, não fora”:

“O que o pessoal precisa entender, principalmente diretoria e torcida, é que não é trocando treinador que vai resolver o problema. A diretoria precisa é entender o momento, se fechar com o elenco, montar um esquema de jogo diferente, trazer uma motivação para o grupo… porque a troca de treinador gera uma insegurança, uma incerteza”, disse.

Em 2004, o Grêmio saiu de Adilson Batista para José Luiz Plein e depois Cuca e Cláudio Duarte. Na atual temporada de 2021, também serão quatro: Renato Portaluppi, Tiago Nunes, Felipão e Thiago Gomes efetivado ou alguma nova contratação que possa acontecer.

“Saiu o Adilson, veio o Cuca, veio o Plein, teve o Cláudio Duarte. Também tivemos um tempo ali com o Beto Almeida. Eram propostas e projetos de decisões erradas e equivocadas. A imprensa também se desgastava muito com o Adilson, que, no meu modo de ver, foi um dos melhores treinadores que eu tive. É um cara que entende de futebol. Mas se o resultado não vem em duas ou três partidas, a imprensa já começa a desgastar a relação com o treinador. Muitas vezes não se resolve o problema trocando o técnico. Poderia ser o caso de se fechar ainda mais com o treinador. Com toda certeza, a solução fica dentro do grupo e não fora”, acrescentou Tiago, que segue acreditando que o Grêmio não cai.

Em 19° lugar com 23 pontos, o Grêmio faz novo jogo de vida ou morte nesta quarta frente ao Fortaleza, fora, às 20h30.

Voltar para o topo