Formado na base do Tricolor, o lateral-esquerdo Cuiabano deixou o Grêmio no início da última temporada para reforçar o Botafogo. A negociação, que gerou questionamentos e indignação entre torcedores, teve motivos específicos nos bastidores.
O principal fator para a venda do lateral, campeão da Libertadores e do Brasileirão pelo Botafogo, foi a avaliação do então técnico Renato Portaluppi. À época, o ídolo gremista minimizou a saída do jogador ao afirmar que o elenco contava com diversas opções para a posição, e que a ausência de Cuiabano não seria sentida.
“O Cuiabano é um bom jogador? Sim, é um bom jogador. Mas temos praticamente cinco jogadores na mesma posição. E ele só foi vendido porque confiamos nos que estão aqui, cinco jogadores é muita coisa”, explicou em coletiva em abril, após vitória contra o Cuiabá.
Com Reinaldo e Mayk à frente na hierarquia, Cuiabano, que tinha contrato com o Grêmio até dezembro de 2024, não demonstrou interesse em renovar e avisou que não aceitaria as propostas apresentadas pelo clube. A informação foi revelada pelo repórter Marco Souza, do portal GZH. Para evitar perder o lateral de graça, a direção do Tricolor negociou a venda ao Botafogo por R$ 8 milhões, além de manter 20% de mais-valia em uma futura transferência.
Segundo o jornalista da Rádio Gaúcha, o histórico de lesões entre 2023 e 2024, aliado ao aproveitamento abaixo do esperado, levou o técnico Renato a preferir improvisar o lateral-direito Fábio na esquerda nas ausências de Reinaldo e Mayk.
Da base gremista à Premier League
Destaque nas conquistas do Botafogo na última temporada, o lateral-esquerdo foi negociado com o Nottingham Forest, da Inglaterra, por 6 milhões de euros (R$ 38,2 milhões). Com a transferência, o Grêmio receberá cerca de R$ 7,7 milhões, além de uma compensação extra pelo mecanismo de solidariedade da Fifa, em reconhecimento à formação do atleta nas categorias de base do clube.