A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu arquivar o caso envolvendo uma suposta injúria racial contra o jogador Carlinhos, do Flamengo, durante um jogo realizado em Porto Alegre pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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A investigação foi encerrada após a análise de perícias contratadas pelo Grêmio, que não encontraram elementos suficientes para sustentar uma denúncia de racismo.
O vídeo, gravado durante a saída de campo do atacante, que havia sido expulso na partida, foi submetido a uma análise técnica minuciosa com o auxílio de empresas especializadas em perícia. As perícias, realizadas pelas empresas Grupo Peritos, do Rio de Janeiro, e Becker&Sawitzki, de São Paulo, focaram na separação de ruídos externos para uma melhor avaliação do conteúdo auditivo.
Os procuradores Eduardo de Sampaio Leite Jobim e Jhonny Prado Silva foram os responsáveis pela análise do caso no STJD e concluíram que não havia fundamentos para prosseguir com a denúncia. Em resposta às acusações, o Grêmio identificou e interrogou o torcedor suspeito de ter proferido as palavras captadas no vídeo. Tanto ele quanto outras testemunhas ouvidas afirmaram que a expressão dita foi “tá brabinho?”, supostamente após Carlinhos dar um soco na cabine do VAR.
Grêmio solicitou retratação
O clube gaúcho também solicitou uma retratação ao portal Lance!, que havia divulgado um vídeo legendado do incidente, e ao Flamengo, que ecoou as alegações de racismo baseando-se no material publicado.
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O Flamengo, por sua vez, havia emitido uma nota afirmando que Carlinhos escutou imitações de macaco e que uma voz poderia ser ouvida dizendo “macaquinho” no vídeo analisado.