Ir para o conteúdo principal

Casagrande questiona se dá pra pensar em futebol com um “cenário de 5 mil mortos”, e Bolzan faz as suas considerações

O presidente gremista Romildo Bolzan Jr foi um dos convidados do programa Troca de Passes, do SporTV, nesta quarta-feira e debateu com o ex-jogador Walter Casagrande as condições de retorno aos treinos e jogos durante a pandemia de coronavírus.

Em tese, o Grêmio prepara o retorno às atividades mantendo os protocolos de segurança no dia 4 de maio, segunda-feira. Casagrande colocou a Bolzan, que teve o coronavírus e se curou, sobre o triste cenário atual de mortos no país.

Casagrande: Presidente, parabéns pelo seu trabalho no Grêmio. Junto com o Flamengo, o Grêmio é uma das equipes que eu mais gosto de ver jogar. Mas quero fazer um exercício com você, presidente. Imagine que você não está no futebol. Liga a televisão e vê o Brasil superando a China em número de mortes, com mais de 5 mil óbitos, caixões sendo jogados um por cima dos outros. Dá pra pensar em um retorno do futebol e de volta de treino nesse cenário?

Bolzan: Eu tive o vírus. Observei todos os protocolos e me saí bem. Me sinto responsável porque ainda existe pessoas vinculadas ao Grêmio que seguem em UTI. Sei a dimensão disso tudo. Fui três vezes prefeito da cidade que moro. Tenho respeito pela população. Tu me colocando a situação dessa forma, eu tenho que concordar contigo. Mas eu tenho a capacidade de discernir. Os clubes têm protocolos seguros e os testes a serem feitos. Depois, os protocolos de convivência. Transporte, vestiário, organização de ambiente de treino, mais aberto, com ventilação, fora dos ambientes de academia. O que o Grêmio organizou é seguro. Não sou irresponsável de colocar em risco a integridade de qualquer jogador ou familiar. Mas não sou inconsequente de eliminar os assuntos pelo noticiário. Os processos são diferentes em cada local. Os regionais são poderão ser igual em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Ceará, etc. Cada efeito terá consequência e avaliação. No Rio Grande do Sul eu acho possível fazer isso. E eu não tomaria qualquer decisão sem o aval das autoridades sanitárias.

Voltar para o topo