Em participação no programa Bola da Vez, da ESPN, o atual vice-presidente de futebol do Grêmio, Denis Abrahão, fez uma breve análise sobre o trabalho recente de Renato Portaluppi no clube e explicou por qual motivo ele não foi convidado para o lugar de Vagner Mancini – no fim, Roger Machado acabou sendo o escolhido.
Para Abrahão, Renato teve dois primeiros anos maravilhosos em 2016 e 2017, mas depois acabou “crescendo demais” dentro do clube:
“O Renato é o cara que mais deu alegrias na minha vida. Como jogador eu achava ele espetacular. E 2016 e 2017 ele fez um belo trabalho no Grêmio. Depois, acho que cresceu demais no clube. Adotou postura de postulante a quase tudo, e aí se perdeu, porque é muito bom treinador. Eu vejo um outro tipo de futebol. Ele vai voltar pro Grêmio ainda, sem dúvida alguma”, declarou.
Abrahão, na mesma entrevista, reconheceu que ele próprio, individualmente, errou ao decidir pela continuidade de Mancini para o começo de 2022:
“Então a culpa é minha. Vamos tirar o resto fora. Se tem algum culpado na manutenção do Vagner Mancini, esse culpado sou eu. E tinha as minhas convicções. Agora quando eu tive que agir, agi. E acho que agi cirurgicamente no momento certo. Se eu errei, desculpe. Mas assumo o erro, é somente meu. A direção do Grêmio não tem nada a ver com isso. A direção do Grêmio, o conselho de administração do Grêmio, o presidente, apenas apoiou a minha decisão. Apoiou o Dênis Abrahão, o vice-presidente de futebol”, considerou.
Dirigente antigo do Grêmio da década de 90 e início dos anos 2000, Abrahão voltou ao clube por um pedido do presidente Romildo Bolzan Jr em outubro do ano passado.