Ainda buscando a forma ideal com a camisa do Avaí, o meia Douglas concedeu uma sincera e divertida entrevista ao site UOL. Na conversa, lamentou ver muitos "jogadores ruins" atuando no futebol brasileiro e admitiu que não gostava ser chamado de "pança de cadela".
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“Quero continuar porque eu gosto de jogar bola. E outra, tem um monte de nego ruim aí jogando. Daqui a pouco estou bem fisicamente e consigo mostrar que ainda posso jogar. Porque o questionamento agora é esse: ‘Será que ele vai voltar?’. Quero mostrar que tenho condição. Eu assisto os jogos e tem muita gente ruim jogando. É absurdo. O futebol hoje é aquela loucura, é quem corre mais, é quem tem mais força. Qualidade está acabando. Então, eu não vou parar. Eu não gosto de pensar muito nisso, não. Às vezes, eu fico assistindo despedida de jogadores e já enche o olho d’água. Tu vai ficando mais velho, vai ficando mais emotivo”, colocou.
Muitas zoeiras acompanharam o jogador em suas passagens recentes por Corinthians, Vasco e Grêmio. Ele não nega que, de fato, gosta de beber, mas lamenta alguns apelidos dados de forma pejorativa.
“Tem um monte de jogador que fala: ‘Eu não bebo, eu não saio, eu não faço, não aconteço’. Esses aí são os piores. Eu nunca tive problema de falar, até porque eu bebo quando eu acho que eu tenho que beber, não vai me atrapalhar em nada. Isso vai acontecer sempre. Torcida não vai aceitar nunca. A torcida acha que a gente é um robô”, destacou, antes de falar dos apelidos:
"Agora, já me acostumei. Não tem problema, não. No início, Pança de Cadela me irritava. Mas agora, tudo certo. Eu já fiquei bravo, no início. Agora, não ligo muito, não. Até porque, bebum eu não sou. Os caras acham que eu bebo todo dia: O Douglas acorda e já abre uma cerveja. Não. Então, no início, eu ficava irritado, mas, depois, eu falei: “Quer saber? Por que eu vou ficar discutindo? Vou ficar provando para quem?”, explicou.
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Douglas foi titular no título da Copa do Brasil de 2016 pelo Grêmio e perdeu a posição no ano seguinte por conta de lesão no joelho. Quando estava perto de voltar em 2017, rompeu o mesmo ligamento e ficou mais seis meses de fora. No final do ano passado, não teve o contrato renovado.