A morte do ex-segurança negro George Floyd, asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos, gerou uma onda de manifestações pelo mundo e reacendeu com força o debate da presença do racismo na sociedade. Nesta semana, o ex-atacante gremista e hoje comentarista, Grafite, deu o seu ponto de vista sobre o tema.
Ele, que jogou no Grêmio em 2002, lembrou que foi alvo de racismo por parte do zagueiro argentino Desábato, então atleta do Quilmes, em jogo contra o São Paulo, pela Libertadores, em 2005.
“É lamentável estarmos batendo nesta tecla ainda. Eu sofri racismo há 15 anos, e isso ainda segue acontecendo”, disse o ex-atacante à Rádio Gre-Nal, antes de completar:
“Não é normal o que aconteceu com o João Pedro, não é normal o que aconteceu com o menino aqui em Recife e não é normal o que aconteceu com o George Floyd. É bem complicado o nosso momento”.
Por fim, Grafite avaliou ser “difícil” para os jogadores brasileiros se manifestarem publicamente sobre estas causas sociais:
“É difícil pro jogador brasileiro se manifestar sobre causas importantes, como racismo, homofobia e feminicídio, pois, se as coisas começarem a dar errado no campo, ele vai ser cobrado por isso”.