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Grêmio desaprova ideia de redução de espaço entre jogos para 48 horas: “Não é possível”

Mesmo ciente dos graves problemas de calendário que o futebol brasileiro ainda vai ter de lidar, uma vez que a pandemia de coronavírus cancelou os jogos por período ainda indeterminado, o Grêmio não concorda, por exemplo, com a ideia da redução de horas mínimas entre um jogo e outro de 66 para 48 horas no Brasileirão.

Em entrevista publicada pelo portal GaúchaZH, o presidente gremista Romildo Bolzan Jr não aprovou a ideia sugerida pela Federação Nacional de Atletas de Futebol (Fenapaf) e lembrou da importância do descanso dos atletas entre as partidas.

“Não vejo isso como possível. Os dias de descanso dos atletas têm de ser mantidos. É preciso manter a integridade física dos jogadores. Até porque temos viagens longas aqui no país. Essa regra de um jogo a cada 66 horas tem de ser mantida”, destacou o dirigente, que garantiu não ter sido procurado por ninguém para tratar desse tema.

Felipe Augusto Leite, presidente da Fenapaf, defendeu a ideia:

“É a atitude mais drástica. Mas não serão 38 rodadas a cada 48 horas. Encontraremos uma saída para que um clube faça, no máximo, um ou dois jogos assim, em praças esportivas próximas. Jamais a equipe vai jogar em Porto Alegre e depois em Recife. Isso é inimaginável. Tenho convicção de que não será preciso estabelecer esse debate. Vamos encontrar outra saída. Toda decisão deve passar pelo respeito à saúde do atleta. A qualidade do espetáculo está atrelada a isso”, explicou.

O atual regulamento utilizado pela CBF afirma que “os clubes não poderão disputar e os atletas não poderão atuar em partidas por competições coordenadas pela CBF sem observar o intervalo mínimo de 66 horas”. A norma prevê, inclusive, punição a quem descumprir a norma.

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