Um dos grandes assuntos do Grêmio nesta segunda-feira, além da vitória por 2×0 em casa sobre o Veranópolis, foi a venda de Tetê para o Shakhtar Donetsk por cerca de R$ 42 milhões – a terceira negociação mais cara da história do clube. Em coletiva, o jovem de 19 anos lamentou não ter tido chances no time principal, mas foi rebatido pelo próprio técnico Renato Gaúcho.
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Em uma fala firme, fiel ao seu estilo, Renato destacou que o jogador da base precisa "provar" que merece estar no elenco de cima e citou os exemplos de Luan, Everton e Pedro Rocha.
"Não é só para o Tetê. Enquanto eu for treinador do Grêmio, o jogador da base vai chegar no profissional quando ele merecer. Não adianta vir empresário ou amigo tumultuar. Vai subir quando eu achar que deve, quando fizer as coisas certas, quando merecer. O jogador da base do Grêmio precisa merecer estar no grupo principal. Foi para seleção? Tudo bem, mas comigo tem que jogar. Foi assim com todos eles, com Luan, Everton, Pedro Rocha… todos sofreram para estar no clube. Foi para a sub-20? Mas pra mim não quer dizer nada. Só fica no Grêmio se for pro time principal? Boa viagem. Desejo sucesso. O jogador precisa valorizar onde ele está. Quer chegar no profissional? Prova que tem condições de chegar. É só carne de pescoço para chegar aqui em cima", comentou.
Tetê, antes de sair, revelou que mantinha a expectativa de subir ao profissional do Grêmio após participar do sul-americano sub-20, no Chile. Quando soube que ainda não subiria, ficou chateado segundo as suas próprias palavras.
Empresário nega mágoa
Por outro lado, o empresário Pablo Bueno, que representa os interesses de Tetê, negou qualquer tipo de mágoa com o treinador do Grêmio. O agente falou com exclusividade ao Gremistas.net no início da noite de segunda.
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"Não, imagina. Nenhum tipo de mágoa, não. Capaz. Existem algumas coisas que nós não vamos conseguir entender agora. Quem sabe a gente possa entender lá na frente. Era para ser assim mesmo, como foi. Mas zero mágoas com o Renato ou com alguém do clube. Acho que tinha que ser assim e a negociação ficou boa para todo mundo", comentou.