A desclassificação do Grêmio na Copa Libertadores de 2018 foi traumática em vários sentidos. Além de perder em casa para o River Plate a vaga na final da competição, a direção encarou uma batalha nos tribunais da Conmebol e não saiu satisfeita pela postura da entidade diante dos fatos apresentados nos jogos que envolveram os argentinos dentro do torneio.
Contudo, essa rusga ficou no passado. Na última segunda-feira, Alejandro Domínguez, presidente da entidade que rege o futebol sul-americano, homenageou o técnico Renato Portaluppi e trocou abraços com o presidente Romildo Bolzan.
Ao chegar sob forte chuva no gramado do Centro de Treinamentos da Conmebol, Domínguez se dirigiu diretamente ao mandatário gremista para uma primeira saudação. Ambos trocaram palavras ao pé da orelha com expressões simpáticas. Após o evento, o dirigente gremista afirmou que os ocorridos não afetaram as relações.
"Nós já tínhamos conversado na posse do Presidente Caboclo da CBF. Ele fez questão de nos cumprimentar e eu também me dirigi a ele. Defendemos nossos interesse e quando você faz isso tudo passa a ser legítimo", disse Romildo em entrevista.
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA
O Grêmio, além de utilizar a estrutura da Conmebol no que se refere a centro de eventos, também está concentrado no hotel da entidade, que fica localizado bem em frente a sede. A reaproximação também faz parte de um movimento político planejado, porém não admitido pelos homens da gestão gremista. Para o presidente gremista, a discussão da temporada de 2018 foi justa, mas não deve ser levada para a posteridade.
"Cada um tem os seus regramentos e preservamos os interesses das nossas instituições. Não houve relações quebradas, fizemos o que fizemos e não me arrependo. Fizemos legitimamente e seguiremos fazendo se as circunstâncias exigirem", alertou Romildo.
