Com uma vantagem de 2×0 feita no jogo de ida, na Arena, quando jogou melhor e poderia até ter feito mais gols, o Grêmio cometeu o erro de ir com muita "autoconfiança" para o duelo da volta, no Paraná, e assim perdeu para o Athletico – nos pênaltis – a vaga na grande final da Copa do Brasil.
50[/bn]
A análise foi feita pelo próprio presidente Romildo Bolzan Jr, em entrevista concedida nesta semana ao Jornal do Comércio. Para o dirigente, o erro cometido na Arena da Baixada serve de lição para os duelos que se aproximam contra o Flamengo, pela semi da Libertadores.
"Houve situação de autoconfiança, isto serve para a gente, vamos combinar, tomar cuidado. Isso deve ser interpretado de uma maneira didático-pedagógica para a gente não cometer os pecados da autoconfiança ou do subconsciente que nos traem. Isso no futebol existe, é muito comum, de a gente se trair pra autoconfiança. Por isso, que pezinho no chão, tudo bem articulado e finalizado, com o emocional de todos bem amarrado é fundamental", disse.
"O que fizemos foi a nossa autotraição inconsciente. Todos, ele e eu também. Eu fui para lá muito autoconfiante, claro que sim. Por que não? Com a vantagem daquele tamanho (o Grêmio venceu o primeiro jogo contra o Atlhetico-PR na Arena por 2 a 0). Todos ficamos traídos. Tenho de confessar isso como uma espécie de reconhecimento daquilo que a gente não pode mais cometer de erros", acrescentou.
Bolzan também falou sobre como "viveu" o erro de pênalti de Pepê e as confusões com torcedores rivais:
5
"Quando o Grêmio errou o último pênalti, estávamos no camarote e a torcida do Athletico-PR tinha jogado cerveja em todos nós. Tinha sido uma chuva. A polícia toda estava na porta. Atiraram também uma latinha. Para mim, terminou ali. Acabamos indo registrar tudo o que tinha acontecido. Não tive tempo de viver a derrota".