O empresário Pablo Bueno, que representa o atacante Ferreira, destaque recente do time gremista, entrou com uma ação judicial na 23ª Vara do Trabalho de Porto Alegre exigindo a rescisão contratual do atleta com o Grêmio.
Um dos argumentos utilizados pelo agente do jogador no processo é que o afastamento do atacante do grupo foi uma ferramenta utilizada pelo clube para coagir o profissional a assinar a renovação com base nas imposições feitas pelo Tricolor.
“O empregador, sem qualquer justificativa que não a de exercer coação sobre o atleta, o clube ora reclamado, em data de 28 de fevereiro último, optou por afastar o Reclamante do grupo principal do Grêmio, direcionando-o ao grupo de transição, causando-lhe grandessíssima decepção e constrangimento, restando, assim, evidenciada a coação, a pressão para que o Reclamante cedesse às ameaças do clube, para que fosse aceito contrato por este imposto”, diz parte da ação.
A direção gremista lamentou a atitude do representante. O Departamento Jurídico já está, inclusive, tomando as medidas para evitar que o problema aumente nos bastidores.
“Ele tem contrato com o Grêmio e tem que cumprir o acordo. Não temos o compromisso de que nenhum jogador do Grêmio seja titular, seja escalado. Eles podem em determinado momento jogar na transição”, disse Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio, em entrevista para a Rádio GreNal.
Ferreira segue afastado do grupo principal. O técnico Renato Portaluppi já manifestou o desejo de contar com o jovem, mas deixa claro que o assunto precisa ser resolvido pela direção. O clube garante que não prejudicará o jovem.
“Isso é uma coisa preparada pelo empresário dele que desde o início busca um conflito para liberar o jogador e tirar direitos do Grêmio”, concluiu.
O Athletico-PR observa o caso a distância. O Furacão está interessado no jogador, tanto que já executou uma proposta ao Grêmio, recusada na oportunidade.
